Se me procuras no olhar de uma criança, no sorriso de um idoso, na inocência de um animal, na simplicidade da natureza, no gesto de doação, na benevolência do perdão, nas páginas de um livro, na letra de uma música, no roteiro de um filme, nas poesias, nos textos de escritores que admiro, nos meus estudos, nas minhas pesquisas, nos meus desabafos, nas mal traçadas linhas que insisto em escrever... é ai que me encontras e é o que encontrarás por aqui, pois me encontro no que acredito...
Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever (Clarice Lispector)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Medo...

Medo nada mais é que a sensação que incapacita e impossibilita de agir, ou reagir a determinadas situações.
Porque escrever a respeito, analisando o medo do futuro, medo do incógnito, medo dos acontecimentos que seguem retas opostas ao planejamento
E medo das expectativas em torno do que se espera de alguém, que muitas vezes nem se tem como corresponder, a imagem e impressão que passamos, muitas vezes não condiz com a realidade diária, e isso amedronta.
E me colocando como o “objeto” de análise chego a constatação que as pessoas só notam em mim a profissional, e esquecem que por trás da fachada de pessoa séria e responsável, tem alguém que embora não aparente, é humana demais, sente e se abala demais, que guarda demais seus problemas para dar atenção a resolver os dos outros, que se fecha em concha para não incomodar, que sofre sozinha para não parecer chata com seus problemas,e sim uma pessoa temerosa do que está por vir.
Muitas vezes aquela pessoa tida como a fortaleza não passa de uma frágil estrutura que se abala com um simples sopro, mas que cresceu aprendendo a se portar como forte, a amiga que está sempre por perto, que aconselha a ouvidos, buscando sempre uma solução, guarda pra si sua montanha de problemas, dúvidas e questionamentos, por não querer incomodar ou talvez por achar que seus medos, suas aflições podem ficar para depois. E por tanto guardar, não sabe nem consegue expressar o que sente, e o sentimento chega a um ponto que sufoca e precisa ser expelido, ser de alguma forma explicitado.
A vida, o mundo, as pessoas que te cercam, te cobram e te fazem crescer, sem que se certifiquem se você está pronta para as mudanças relacionadas a esse crescimento, sem darem respaldo muitas vezes psicológicos para tantas transformações, e com toda cobrança acaba-se por impor um crescimento inadequado e despreparado para acontecimentos futuros, e quando essas cobranças deixam de ser só externas e você acaba por achar que não rende o quanto se preparou e deveria, se entrega a todo esse medo do futuro, medo de não corresponder as exigências, medo de que as coisas não saiam como manda o protocolo e conseqüência disso não fica só na questão do medo, mas passa a frustrações e deficiência em setores primordiais para a chamada felicidade.

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