Se me procuras no olhar de uma criança, no sorriso de um idoso, na inocência de um animal, na simplicidade da natureza, no gesto de doação, na benevolência do perdão, nas páginas de um livro, na letra de uma música, no roteiro de um filme, nas poesias, nos textos de escritores que admiro, nos meus estudos, nas minhas pesquisas, nos meus desabafos, nas mal traçadas linhas que insisto em escrever... é ai que me encontras e é o que encontrarás por aqui, pois me encontro no que acredito...
Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever (Clarice Lispector)

sábado, 4 de junho de 2011

Sentimentos...

Hoje que me encontro bem à medida que se é possível estar bem, resolvi escrever, tive um início de ano complicado, um dia depois de meu aniversário ganhei uma demissão de presente, e pra quem me conhece a fundo sabe que minha profissão é e sempre será meu refúgio em todos os momentos.
Já tem um tempo que estou para escrever a respeito, mas precisava de um tempo para que pudesse decifrar dentro de mim alguns sentimentos, analisar algumas constatações, aceitar ou não algumas opiniões, enfim, precisava entender o de fato sentia.
No início de março consegui meu emprego de volta e consegui mais um, deveria está radiante de alegria não? Pois é, mas isso não aconteceu, apesar de aparentemente tudo estar bem, dentro de mim algo muito estranho acontecia, uma sensação de estar sozinha, uma cobrança minha que não sabia como suprir, me sentia chata, sorrir me incomodava, meu humor alternava a cada minuto, e isso me afligia e incomodava, até que escuto o diagnóstico: “Seu maior problema é posse... você é ciumenta demais... se existir a menção de que algo lhe ofusca, você reage assim, se fecha em concha”.
Não concordo, mas achei quem tivesse a mesma opinião, e isso me fez pensar, refletir nas minhas ações e atitudes e admito, sou muito ciumenta, tenho ciúmes das minhas coisas, do meu pai, dos meus sobrinhos, de alguns amigos, não vejo isso como posse, como algo que me prejudique... Mas tendo a visão afirmativa de duas pessoas quanto a isso, resolvi então me auto analisar, prestar mais atenção nas minhas ações e atitudes e me policiar, quanto ao meu “ciúme”, sentir sem demonstrar. 
Não o avalio como algo doentio, e sou da teoria de que só sentimos ciúmes do que amamos. E confesso que ainda me incomoda ver algumas coisa, ler outras, mas tenho feito o exercício diário de não deixar que isso me leve mais uma vez pra algo que eu não possa controlar ou explicar, continuo mesma, aquela que se apega fácil, que se entrega sem reservas as relações, que é ciumenta sim, que preserva demais o que sente, que se magoa fácil também, que procura ao máximo ajudar, mas hoje sou aquela que está aprendendo a conviver com toda essa montanha russa de sentimentos, sem deixar se levar negativamente por ela. E se tinham ou não razão quanto ao meu problema ser posse, ou me sentir ofuscada,  talvez, não tenho certeza... Mas isso me fez acordar para uma nova visão de mim, e hoje me conheço melhor, consequentemente controle melhor o que sinto e o que passo... Hoje procuro demonstrar só o que de fato as pessoas precisem ver ou perceber... quem me conhece de verdade verá muito mais, mas só eu saberei a realidade dos meus sentimentos...

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