O sono agitado, revira-se na cama e acorda de um sobressalto com a respiração ofegante, a
testa molhada de suor, não só a testa como o lençol que a cobre, fora só mais
um pesadelo, ela estava ali, no seu quarto escuro... Assim como escuro
tornou-se o seu mundo, ela fechara-se nele, como em uma prisão perpetua, porque
não uma solitária, onde o sol não alcança onde o ar é rarefeito e fétido.
Por quantos dias esse pesadelos se
repetiriam, onde tudo era alegrias, partilhas,
sorrisos, até que o céu escurece, uma onda de medo a assola, os amigos se
foram, os sorrisos cessaram, tudo se repete, todos os momentos, todas as
culpas, todos os pensamentos que conseguem condená-la, mas a sentença a
libertou de todos os crime, não há nada que a condene. Sua consciência, sua
maior juíza, ela sabe que não quis errar, ela saber que não foi premeditado,
mas ela errou, julgou-se e condenou-se a mais temível pena, estar para sempre
presa à culpa.
Não há volta, está decretada,
morre em vida aquela que não pensou, que num impulso ousou, e suas palavras
tornaram-se seus atos, e esses hábitos que moldarão seu caráter manchando para
sempre o seu destino.
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